terça-feira, 19 de maio de 2009

Entrevista

Entrevistamos o senhor Eduardo Silva, que perdeu o sentido do olfacto e nos deu pormenores.

1. Como perdeu o olfacto?
Num acidente de viação há 6 anos.

2. Como se detectou essa perda?
Numa fase inicial não foi detectado, devido à gravidade do acidente, mas posteriormente reparei que não sentia qualquer odor nas plantas, fui ao médico e este confirmou a perda do sentido.

3. Que tratamentos foram ou são feitos?
Apenas se fizeram testes durante algum tempo para confirmar.

4. Que tipo de operação seria feita?
Não sei.

5. Porque é que os médicos não aconselharam a operação?
Porque não davam certezas de eficácia, e também provocaria deformações a nível facial.

6. Como foi perder o olfacto?
Difícil, porque o verdadeiro valor do sentido só se dá após a perda do mesmo.

7. Acha que os outros 4 sentidos estão mais apurados?
Sim, talvez o paladar.

8. Preferia perder outro sentido ao invés do olfacto?
Não, mas este é realmente importante. Se tivesse de escolher um dos 4, escolheria o paladar.

9. Dá mais valor ao olfacto do que antes?
Sim, sem dúvida, nunca se está preparado para perder um sentido.

10. Consegue descrever a experiência de "cheirar sem cheirar"?
Sentir, imaginar, procurar.

domingo, 17 de maio de 2009

Sentido virtual

Nova tecnologia simula o tacto através do computador

2008-04-14

Uma nova técnica, conhecida como haptics, reproduz o sentido do tacto em computadores e telemóveis por meio de comandos eletrónicos, permitindo sentir as propriedades físicas e os movimentos dos objetos representados na tela.

No mês passado, a Samsung lançou na Coreia do Sul um telefone celular touch screen, como o iPhone. No entanto, ao pressioná-lo, o usuário tem a sensação é a de estar apertando teclas convencionais, daquelas que se movem.

Quando utilizada em computadores, a nova técnica tem inúmeras funcionalidades. Permite, por exemplo, que um jogador, numa cena de luta, sinta os golpes ou tiros que a sua personagem recebe na tela no local exacto do corpo onde eles foram desferidos. Para isso, basta estar equipado com um colete especial.

(Fonte: Opinião e Notícia)

Tacto: o primeiro a desenvolver-se

Sabe-se que no interior do útero, o feto reage ao toque, mostrando que possui o sentido do tacto, porque afasta-se da placenta no início da gravidez e mais tarde volta para junto dela.

Ao nascer, o bebé reage instintivamente ao toque, agarrando qualquer coisa que for colocada na sua mão e mostra reflexos de mamar quando se acaricia a sua face. A maioria dos bebés reage com prazer ao calor, à maciez e pressão suave, e esse conforto de contacto é uma necessidade essencial desde o instante do nascimento.

Quando a criança completa o seu primeiro ano, o tacto já está bastante desenvolvido e pode reconhecer um peluche apenas pela sensação que ele lhe causa.

Que querido, não?

sábado, 16 de maio de 2009

Aqui está uma pergunta feita oftamologista Fernando Bívar, numa entrevista para o Correio da Manhã, a 25-10-2002:

"(...)
Ruben Duarte - Há grandes diferenças entre uma pessoa que nasceu cega e outra que viu num curto pedaço da infância?

Fernando Bívar - Numa pessoa que tinha visão e que a perdeu, as áreas da memória visual vão ser utilizadas na área sensitiva, pelo que existe uma maior percepção do mundo exterior. Um cego, para falar sobre o mundo exterior, não fala as imagens mas das suas vivências: fala do que fez, do que aconteceu... Diria que a visão é um órgão de luxo, um tele-sentido, porque podemos viver perfeitamente sem ele. Para mim, o sentido mais importante é o tacto, que é algo que vem desde nascença. Mais tarde, se uma pessoa cega, acaba por usá-lo, assim como à audição, para colmatar essa falha.
(...)"

Bem, até ao momento, na nossa sondagem, 84% votaram na visão como sentido mais importante e 15% votaram no tacto.

Pedimo-vos que continuem a votar!

O tacto e a pele

O órgão responsável pelo sentido do tacto é o maior órgão do corpo humano, ou seja, a pele, que corresponde a 16% do peso corporal e que exerce funções como a regulação térmica, a defesa orgânica, etc.

Do ponto de vista evolutivo, o tacto é um sentido antigo, apesar de extremamente delicado e desenvolvido. Mesmo os seres vivos unicelulares reagem ao contacto ou à proximidade de outros, e consequentemente se afastam ou se contraem.

Trata-se de uma sensação fundamental para o que somos, pois é o primeiro sentido que surge durante a gestação e provavelmente o último a desaparecer quando morremos. Simplesmente, não conseguimos nos imaginar sem o tacto, ao contrário da visão que podemos "desligar" com o fechar dos olhos.

Ora tentem desligar o tacto...